domingo, 30 de setembro de 2007

ABERTO É O AMOR? FECHADO É O AMOR?



Relacionamentos abertos têm me aparecido como uma ilusão.



De um lado parece ser o que já existe como "estar solteiro" ou "não estar querendo nada sério". Porque casado que tem amante é tão comum, que ninguém estuda isso como um padrão de relacionamento já estruturado, em que as regras são claras.


Então, simplificando, pra começar minha análise dos "relacionamentos abertos", listo quatro tipos:

1. ESTAR SOLTEIRO

2. FICAR, SEM NAMORO SÉRIO

3. CASAMENTO COM AMANTE(S)

4. CASAMENTO COM TRÊS OU MAIS


1. ESTAR SOLTEIRO - todo mundo conhece pessoas solteiras que estão procurando "casamento". E se encontrarem, pronto, saem da condição.

Conhecer solteiros que assumem que podem estar solteiros felizes e que seja essa a condição de solteirice é mais difícil. Pergunte a alguém e veja se ele responde: "estou muito feliz solteiro e pretendo ficar assim por muito tempo". Ocorre. Você pode encontrar esse tipo que sabe ser feliz assim e lida com a vida dessa forma.

Esse solteiro pode encontrar outro solteiro que não quer ficar solteiro. Nesse caso, será testado quase até a exaustão para dizer um "não, não quero casar". Terá se frustrado na sua tentativa de ficar com aquela pessoa que o cobrou relacionamento sério e procurará outra pessoa.

A estratégia de encontrar outro em igual condição de solteirice pode ser difícil... Lembremos da música "Tá Combinado" - do já citado nesse blog Caetano Veloso. Nessa canção ele diz: "então tá combinado, é tudo somente sexo e amizade" ... até concluir que o amor pode chegar com seu tenebroso esplendor... ou conclusão parecida. Linda.

Nessa perspectiva que concordo com Caetano, acho que a intimidade chega pedindo mais intimidade.


2. FICAR, SEM NAMORO SÉRIO - esse é de uma superficialidade intolerável.

É um estado infantil de lidar com gente. Infantil nada! Veja como as crianças ficam perto de quem gostam de brincar ou mesmo de carinho.


3. CASAMENTO COM AMANTE - muitos casados mantêm seu casamento com amantes. As esposas fingem que não percebem, fingem que acreditam que a regra da monogamia existe. E o casamento funcional se mantém. Digo funcional porque a função parece ser a de prover companhia, carinho e pareceria em algumas tarefas, incluindo criar filhos e manter cuidados um com o outro.

A maturidade parece não existir porque o princípio é enganar alguém para uma relação ser mantida.


4. CASAMENTO COM TRÊS OU MAIS - não conheço pessoas que tenham esse tipo de vida. Uma vez vi três gays que viviam juntos, com uma intensa vida social. Um deles era mais velho. Acredito que tenha uns cinco anos a mais que os outros dois.

Fiquei curioso de escutá-los, de ser amigo deles para ver como mantinham sua relação.


Comparando a esse tipo de relação que tinham, vi entrevista na TV de famílias num dado país africano, em que um marido tinha três esposas que moravam próximas entre si. Eles guardavam toda ferocidade para uma quarta ou quinta que viesse a desejar seu marido! Absurdo! A manutenção do padrão de ciúmes como existe na relação a dois!! :)
PLURIAMOR - o livro "A cama na varanda" traz superficialmente esse conceito. Precisamos de mais estudos antropológicos e casos reais para trazer modelos vivos dessa relação.

E viver o amor, seja com abertura para novidades, já que as a vida tem suas imprevisibilidades.

Nenhum comentário:

AMAR SE APRENDE.

AMAR SE APRENDE.
E AMAR SE APRENDE AMANDO